O valor das vendas locais para esses países vem reduzindo ao longo dos últimos anos. De acordo com a gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ana Karina Frota, 2021 caminha para ser o ano com o menor volume (em dólares) de exportações para os países árabes em seis anos.
“Em 2016, as exportações cearenses para o Oriente Médio somaram US$ 20 milhões. Os Emirados Árabes eram nosso principal destino e os melões foram os principais produtos. Também enviávamos calçados para a Arábia Saudita e castanha de caju para o Líbano”, explica Ana Karina.
Ela lembra que, em 2017, as exportações caíram para US$ 17 milhões. Desde então, a cifra vem reduzindo. “Em 2018, as exportações totalizaram US$ 12 milhões. Ficamos em US$ 12 milhões também em 2019 e, em 2020, US$ 9 milhões”, relata, reforçando que o ano de 2020 teve impactos da pandemia.
Em 2021, os envios do Ceará para países árabes somam US$ 4 milhões. “Obviamente, temos esse cenário pandêmico, mas houve um declínio nas exportações cearenses para o Oriente Médio e os Emirados Árabes possuem uma relevância para as relações comerciais, inclusive falando de Brasil”, diz Ana Karina.
Pode ter contribuído para essa queda, na avaliação da gerente do CIN da Fiec, a possibilidade de enviar esses mesmos produtos ou similares para mercados com maior facilidade logística. “Houve, então, uma transferência de mercado”.
“Nós percebemos essa queda, mas por outro lado, se analisarmos os EUA, houve um crescimento exponencial nos últimos anos nas exportações de calçados, castanha de caju, melões. É um mercado similar em que temos mais intercessões comerciais”, pontua Ana Karina.
Ana Karina avalia que é importante o Ceará ter uma relação comercial fortalecida com os países árabes porque se trata de uma economia com relevância mundial. “A economia nacional fonte de geração de riquezas o petróleo. É um país com grande importância mundial por conta da sua política econômica”, diz.
“É um mercado em potencial, respeitando a cultura e religião. Temos produtos com condições de competitividade. É uma economia desenvolvida e para o Ceará seria muito interessante manter essas relações comerciais fortalecidas porque é um país rico e com Produto Interno Bruto extremamente alto”, frisa a gerente do CIN da Fiec.
Além dos calçados, castanha de caju e melão, o diretor de negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiúza, explica que a agência identificou um potencial de negócios para moda, cosméticos e higiene pessoal nos Emirados Árabes.
“O trabalho de identificação de novos mercados e de quais outros produtos podem ter aderência à região. Vemos que o Brasil já possui uma relação forte com os países árabes quando falamos da indústria de alimentos, então vamos ver quais indústrias aqui do Ceará poderiam entrar nesse roll de exportadores para lá”, detalha Lucas Fiúza.
O Acordo de Cooperação Técnica entre a Apex-Brasil e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) foi assinado neste mês. O tratado prevê ações de networking na Expo Dubai, curso de qualificação de empresas brasileiras para adequação às exigências dos países islâmicos e capacitação de startups brasileiras de áreas como segurança alimentar, logística, sustentabilidade e games que desejem se internacionalizar.
Por: Acordo comercial pode fortalecer relações entre Ceará e países árabes., .
O valor das vendas locais para esses países vem reduzindo ao longo dos últimos anos. De acordo com a gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ana Karina Frota, 2021 caminha para ser o ano com o menor volume (em dólares) de exportações para os países árabes em seis anos.
“Em 2016, as exportações cearenses para o Oriente Médio somaram US$ 20 milhões. Os Emirados Árabes eram nosso principal destino e os melões foram os principais produtos. Também enviávamos calçados para a Arábia Saudita e castanha de caju para o Líbano”, explica Ana Karina.
Ela lembra que, em 2017, as exportações caíram para US$ 17 milhões. Desde então, a cifra vem reduzindo. “Em 2018, as exportações totalizaram US$ 12 milhões. Ficamos em US$ 12 milhões também em 2019 e, em 2020, US$ 9 milhões”, relata, reforçando que o ano de 2020 teve impactos da pandemia.
Em 2021, os envios do Ceará para países árabes somam US$ 4 milhões. “Obviamente, temos esse cenário pandêmico, mas houve um declínio nas exportações cearenses para o Oriente Médio e os Emirados Árabes possuem uma relevância para as relações comerciais, inclusive falando de Brasil”, diz Ana Karina.
Pode ter contribuído para essa queda, na avaliação da gerente do CIN da Fiec, a possibilidade de enviar esses mesmos produtos ou similares para mercados com maior facilidade logística. “Houve, então, uma transferência de mercado”.
“Nós percebemos essa queda, mas por outro lado, se analisarmos os EUA, houve um crescimento exponencial nos últimos anos nas exportações de calçados, castanha de caju, melões. É um mercado similar em que temos mais intercessões comerciais”, pontua Ana Karina.
Ana Karina avalia que é importante o Ceará ter uma relação comercial fortalecida com os países árabes porque se trata de uma economia com relevância mundial. “A economia nacional fonte de geração de riquezas o petróleo. É um país com grande importância mundial por conta da sua política econômica”, diz.
“É um mercado em potencial, respeitando a cultura e religião. Temos produtos com condições de competitividade. É uma economia desenvolvida e para o Ceará seria muito interessante manter essas relações comerciais fortalecidas porque é um país rico e com Produto Interno Bruto extremamente alto”, frisa a gerente do CIN da Fiec.
Além dos calçados, castanha de caju e melão, o diretor de negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiúza, explica que a agência identificou um potencial de negócios para moda, cosméticos e higiene pessoal nos Emirados Árabes.
“O trabalho de identificação de novos mercados e de quais outros produtos podem ter aderência à região. Vemos que o Brasil já possui uma relação forte com os países árabes quando falamos da indústria de alimentos, então vamos ver quais indústrias aqui do Ceará poderiam entrar nesse roll de exportadores para lá”, detalha Lucas Fiúza.
O Acordo de Cooperação Técnica entre a Apex-Brasil e a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) foi assinado neste mês. O tratado prevê ações de networking na Expo Dubai, curso de qualificação de empresas brasileiras para adequação às exigências dos países islâmicos e capacitação de startups brasileiras de áreas como segurança alimentar, logística, sustentabilidade e games que desejem se internacionalizar.
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