A geração individual de energia segue em elevado ritmo de expansão no Ceará, mesmo em ano de pandemia. No ano passado, o número de micro e mini unidades geradoras de energia solar mais que dobrou em relação ao ano anterior, passando de 4,3 mil em 2019 para mais de 10 mil em 2020, um avanço de 130,8%, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A potência instalada passou de 66,9 MegaWatts (MW) para 156,7 MW em um ano.
A energia gerada por essas mais de 10 mil unidades foi utilizada por 12,7 mil imóveis, 136% a mais que no ano anterior (5,4 mil). Isso porque quando uma unidade geradora (uma residência, por exemplo) produz mais energia do que consome, ela gera créditos de energia que são liberados na rede e podem ser utilizados em outro local. Se o consumidor tem, portanto, uma empresa com placas solares e produz mais energia do que o estabelecimento precisa, o crédito extra pode ser transferido para a residência dele.
Para o consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Jurandir Picanço, o crescimento do setor, que segue em franca expansão, poderia ter sido ainda maior não fossem as dificuldades provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
“Nesse período, tiveram dois meses de paralisação (abril e maio). Mas muita gente também já tinha negociado a instalação (das placas), já estava com financiamento aprovado junto ao banco, então esse movimento continuou ocorrendo”, explica.
Ele prevê que o setor deve continuar crescendo no Estado pelos próximos anos. “O crescimento vai continuar nessa proporção, a não ser que venha alguma mudança. Esse risco existe, mas acredito que nada venha a inviabilizar a atividade, então ela vai continuar se desenvolvendo”, detalha Jurandir Picanço.
Ele pontua que o potencial do Ceará é enorme porque, apesar do volumoso crescimento, “no Estado, há milhões de consumidores, mas apenas milhares com a geração de energia”. “(Produzir a própria energia) é realmente uma opção para os consumidores, que podem ter uma energia limpa e reduzir o valor da conta de energia, um investimento que em alguns anos se paga”, aponta.
Conforme os dados da Aneel, a maior parte dos consumidores que geram a própria energia a partir da matriz solar no Estado é residencial (7.423). Em seguida, aparecem os estabelecimentos comerciais, que concentram 1.863 unidades geradoras, e rurais, com 504 unidades.
Considerando uma residência média, com consumo médio de energia mensal em torno de R$ 500, o retorno do investimento nas placas solares pode ser obtido em cerca de quatro anos, na avaliação do gerente comercial da distribuidora de produtos fotovoltaicos Sou Energy, Igor Batista. “Mas isso também vai depender do tipo de equipamento que é utilizado, da faixa de consumo na qual o cliente está. É muito variável”.
O investimento para gerar energia solar em uma residência com consumo de 500kWh/mês fica em torno de R$ 15 e R$ 20 mil. Igor Batista explica que, em Fortaleza, isso representa uma conta de energia de cerca de R$ 650 a R$ 700, considerando taxas.
Para a geração de 130kWh/mês, Batista explica que são necessários cerca de 7 metros quadrados de telhado.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar) revelam que o Brasil chegou a 7,5 GW de potência instalada em energia solar, sendo mais de 4 GW correspondentes à micro e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.
A potência atingida pelo setor no ano passado representa um crescimento de 64% na comparação com o ano de 2019. Um levantamento da Absolar revela que o ano passado foi de recordes para a matriz energética no País, com atração de R$ 13 bilhões em investimentos.
O montante inclui as grandes usinas, sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos e mostra crescimento de 52% na comparação com os investimentos no setor acumulados no País desde 2012.
De acordo com a entidade, os investimentos de 2020 criaram mais de 86 mil novos empregos no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. “Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 38 bilhões em negócios e gerou mais de 224 mil postos de trabalho. Em 2020, as contratações cresceram 62% em relação aos empregos acumulados no País desde 2012”, informou a Absolar em nota.
Conforme a Aneel, a energia solar corresponde a 1,7% da matriz energética brasileira. No País, há mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.
Por: Geração própria de energia no Ceará mais que dobra em 2020, .
A geração individual de energia segue em elevado ritmo de expansão no Ceará, mesmo em ano de pandemia. No ano passado, o número de micro e mini unidades geradoras de energia solar mais que dobrou em relação ao ano anterior, passando de 4,3 mil em 2019 para mais de 10 mil em 2020, um avanço de 130,8%, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A potência instalada passou de 66,9 MegaWatts (MW) para 156,7 MW em um ano.
A energia gerada por essas mais de 10 mil unidades foi utilizada por 12,7 mil imóveis, 136% a mais que no ano anterior (5,4 mil). Isso porque quando uma unidade geradora (uma residência, por exemplo) produz mais energia do que consome, ela gera créditos de energia que são liberados na rede e podem ser utilizados em outro local. Se o consumidor tem, portanto, uma empresa com placas solares e produz mais energia do que o estabelecimento precisa, o crédito extra pode ser transferido para a residência dele.
Para o consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Jurandir Picanço, o crescimento do setor, que segue em franca expansão, poderia ter sido ainda maior não fossem as dificuldades provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
“Nesse período, tiveram dois meses de paralisação (abril e maio). Mas muita gente também já tinha negociado a instalação (das placas), já estava com financiamento aprovado junto ao banco, então esse movimento continuou ocorrendo”, explica.
Ele prevê que o setor deve continuar crescendo no Estado pelos próximos anos. “O crescimento vai continuar nessa proporção, a não ser que venha alguma mudança. Esse risco existe, mas acredito que nada venha a inviabilizar a atividade, então ela vai continuar se desenvolvendo”, detalha Jurandir Picanço.
Ele pontua que o potencial do Ceará é enorme porque, apesar do volumoso crescimento, “no Estado, há milhões de consumidores, mas apenas milhares com a geração de energia”. “(Produzir a própria energia) é realmente uma opção para os consumidores, que podem ter uma energia limpa e reduzir o valor da conta de energia, um investimento que em alguns anos se paga”, aponta.
Conforme os dados da Aneel, a maior parte dos consumidores que geram a própria energia a partir da matriz solar no Estado é residencial (7.423). Em seguida, aparecem os estabelecimentos comerciais, que concentram 1.863 unidades geradoras, e rurais, com 504 unidades.
Considerando uma residência média, com consumo médio de energia mensal em torno de R$ 500, o retorno do investimento nas placas solares pode ser obtido em cerca de quatro anos, na avaliação do gerente comercial da distribuidora de produtos fotovoltaicos Sou Energy, Igor Batista. “Mas isso também vai depender do tipo de equipamento que é utilizado, da faixa de consumo na qual o cliente está. É muito variável”.
O investimento para gerar energia solar em uma residência com consumo de 500kWh/mês fica em torno de R$ 15 e R$ 20 mil. Igor Batista explica que, em Fortaleza, isso representa uma conta de energia de cerca de R$ 650 a R$ 700, considerando taxas.
Para a geração de 130kWh/mês, Batista explica que são necessários cerca de 7 metros quadrados de telhado.
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar) revelam que o Brasil chegou a 7,5 GW de potência instalada em energia solar, sendo mais de 4 GW correspondentes à micro e minigeração distribuída em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.
A potência atingida pelo setor no ano passado representa um crescimento de 64% na comparação com o ano de 2019. Um levantamento da Absolar revela que o ano passado foi de recordes para a matriz energética no País, com atração de R$ 13 bilhões em investimentos.
O montante inclui as grandes usinas, sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos e mostra crescimento de 52% na comparação com os investimentos no setor acumulados no País desde 2012.
De acordo com a entidade, os investimentos de 2020 criaram mais de 86 mil novos empregos no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. “Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 38 bilhões em negócios e gerou mais de 224 mil postos de trabalho. Em 2020, as contratações cresceram 62% em relação aos empregos acumulados no País desde 2012”, informou a Absolar em nota.
Conforme a Aneel, a energia solar corresponde a 1,7% da matriz energética brasileira. No País, há mais de 350 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede.