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A evolução dos golpes digitais e como se proteger

Nos últimos anos, os golpes digitais têm se tornado cada vez mais sofisticados e frequentes. De acordo com um relatório da Kaspersky, o Brasil lidera a lista de países que mais sofrem ataques cibernéticos, com um aumento significativo nas fraudes online entre 2023 e 2025. As perdas globais devido a fraudes digitais devem atingir US$ 400 bilhões em 2025, impulsionadas pela crescente digitalização dos serviços e pela evolução das táticas criminosas. Entre os golpes mais comuns estão fraudes financeiras, falsidade ideológica e golpes via WhatsApp, onde criminosos se passam por familiares ou amigos para solicitar dinheiro.

Um dos golpes que tem ganhado notoriedade é o golpe do falso advogado, no qual criminosos utilizam nomes e fotos de advogados e escritórios reais para enganar vítimas, alegando que há valores a serem liberados mediante pagamento de taxas falsas. Além disso, outro golpe que tem causado grandes prejuízos é o golpe do phishing com deepfake, onde criminosos utilizam inteligência artificial para criar vídeos e áudios falsificados, imitando a voz de pessoas conhecidas ou representantes de instituições financeiras. Esse tipo de fraude tem resultado em perdas financeiras que podem ultrapassar R$ 50.000 por vítima, especialmente em casos de transferências bancárias fraudulentas.

Com a sofisticação dos golpes, torna-se essencial adotar boas práticas de segurança para evitar cair nessas armadilhas. Realizar a verificação da identidade, conferir se o número que entrou em contato com você é legitimo e analisar de forma minuciosa os dados da transação antes de efetuar pagamentos por meio digitais.

Outras medidas importantes incluem:

  • Autenticação em dois fatores (2FA): Ativar essa funcionalidade em aplicativos bancários e redes sociais dificulta o acesso de criminosos às suas contas.
  • Uso de senhas fortes e únicas: Evitar senhas fáceis de adivinhar e utilizar gerenciadores de senhas para maior segurança.
  • Desconfiança de links e mensagens suspeitas: Nunca clicar em links enviados por e-mails ou mensagens sem verificar a autenticidade da fonte.
  • Atualização constante de softwares e dispositivos: Manter sistemas operacionais e aplicativos sempre atualizados reduz vulnerabilidades exploradas por hackers.
  • Uso de biometria e reconhecimento facial: Sempre que possível, optar por métodos de autenticação biométrica para dificultar acessos não autorizados.

A segurança digital exige atenção contínua e medidas preventivas bem estruturadas. Com o avanço constante da tecnologia, também evoluem as táticas utilizadas por fraudadores, o que impõe a necessidade de vigilância e preparo por parte de todos os envolvidos — especialmente em ambientes corporativos e instituições de saúde. A experiência tem mostrado que a conscientização aliada a práticas de governança e protocolos preventivos faz diferença significativa na mitigação de riscos. Temas como responsabilidade jurídica, tratamento de dados e resposta a incidentes têm ganhado relevância e exigem uma abordagem técnica e integrada. Refletir sobre esses aspectos é um passo importante para quem deseja estar preparado para os desafios do presente e do futuro digital.

 

Por Ruan Pereira
Analista de TI do IGSA

Por: Ruan Pereira, Assistente | TI.

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