A nomeação de um Encarregado de Dados (DPO) não pode ser tratada como uma formalidade ou delegada a qualquer colaborador sem preparo técnico e autonomia funcional.
A legislação brasileira, alinhada ao padrão europeu (GDPR), reforça que essa posição deve ser ocupada por alguém capaz de exercer um papel proativo, consultivo e transversal, com envolvimento estratégico nas decisões que envolvam o tratamento de dados pessoais.
Não é qualquer profissional que pode, ou deve ,assumir essa função. Conforme reforçado pela própria ANPD, o DPO precisa conhecer os fluxos de dados da organização, compreender os riscos associados a cada operação e estar apto a dialogar tanto com a alta gestão quanto com os titulares e com a autoridade reguladora. Além disso, deve haver garantia de ausência de conflitos de interesse, evitando a sobreposição com cargos decisórios em áreas como tecnologia, compliance ou jurídico.
Organizações sérias têm investido na contratação de profissionais certificados ou optado por modelos de DPO as a Service, em que escritórios especializados assumem essa função com segurança técnica e imparcialidade. Trata-se de uma escolha estratégica: um encarregado qualificado pode evitar incidentes, orientar projetos desde sua concepção e fortalecer a reputação institucional.
Em um ambiente de fiscalização crescente e titulares cada vez mais conscientes, a escolha do DPO certo não é um detalhe – é parte essencial de uma governança eficaz em proteção de dados.
Por: Ronald Feitosa, Sócio-Diretor.
Sócio-Diretor
Há 11 anos, componho no IGSA a minha história profissional, buscando aprimorar a prestação de serviços na área Cível. Com o tempo, passei a trabalhar com o consultivo e contencioso cível estratégico, apresentando soluções eficazes para os clientes, sempre com empatia e comprometimento.
O dia a dia profissional foi acentuando meu caráter resiliente pela busca incessante de soluções jurídicas que atendam às particularidades dos nossos clientes para atendê-los conforme suas necessidades.
Sou criterioso em aplicar liderança com empatia, pois acredito que o advogado é um agente de transformação da sociedade, devendo buscar não só o resultado, mas também atingir os critérios do que é justo. Nos últimos anos, tenho me dedicado ao estudo da área do Direito Digital e Proteção de Dados Pessoais, atendendo clientes de diversos setores e portes na área de privacidade, além de acompanhar o desenvolvimento do escritório IGSA na cidade de São Paulo/SP.